14/05/2014 manhã Berlim

Depois de passar uma noite sem conseguir dormir, com muita queimação na garganta, eu e o Gui pesquisamos onde poderíamos ser atendidos por um médico… Mas deixa eu explicar pq pensei em um médico antes q vcs pensem “mas pq ela não tomou uma simples pastilha??”. O problema é q quem me conhece sabe que quando tenho uma dor de garganta, é AQUELA dor de garganta! Olhei minha garganta no espelho e vi várias placas brancas e pensei: “ferrou, só vai melhorar com um antibiótico!”.

Agora, senta q lá vem a história:

15 dias antes do nosso embarque para Berlim eu havia tido o mesmo problema, fui a uma emergência e a médica me receitou amoxicilina de 750mg por 7 dias.. Tomei td direitinho e estava td ok, logo, quando vi as placas brancas pensei “vou precisar de algum outro tipo de antibiótico pq  a amoxicilina já estou resistente”.

Enfim, isso td para contar q nunca havia passado um perrengue de saúde num país estrangeiro…

Pesquisamos na internet e lá dizia que na Alemanha havia médicos em algumas apothekes (farmácias).. Fomos até uma apotheke indicada num site que achamos e partimos para lá… Era uma apotheke ao lado do portão de Brandemburgo. Ao chegarmos lá, a atendente disse que médico em farmácias havia sido proibido e me deu o telefone e endereço de um clínico geral…

Eu e o Gui achamos melhor procurarmos uma emergência… Vimos no mapa onde tinha um hospital, pegamos um trem e lá fomos nós!

Ao chegarmos na estação onde teria o hospital, paramos numa nova apotheke e explicamos tudo para a atendente.. Ela achou uma exagero ir a uma emergência por causa de uma dor de garganta (na Europa só se vai a hospital para casos realmente sérios) e me indicou uma clínica médica q ficava a umas quadras dali. Com alguma dificuldade achamos o tal endereço, um lugar bem residencial, parquinhos para crianças etc… Toquei uma campainha lá e uma porta se abriu. Cheguei na recepção, informei que era uma viajante, que estava com dor na garganta e que uma atendente da apotheke havia me dado o endereço de lá! A recepcionista pediu meu passaporte, tirou uma cópia e pediu q eu escrevesse o meu endereço de lá (coloquei o do Hotel) e perguntou se eu tinha insurance Card., disse que não e perguntei quanto ia custar a consulta e ela disse que não sabia… Ela me pediu para aguardar, tinha umas 6 pessoas na minha frente, esperei por cerca de 40 min e vi que a consulta de todo mundo era bem rápida. Na minha vez a recepcionista avisou ao médico que teria de ser em inglês, fiquei com vergonha de entrar na consulta com o Gui, mas me virei muito bem. Falei da dor, dos remédios que havia tomado no Brasil, da quantidade e duração. O médico explicou que eles usam o mesmo remédio lá, mas ele achou que eu havia tomado por pouco tempo.. Ele olhou minha garganta, viu as placas, me perguntou se os sintomas eram parecidos com os que senti no Brasil e disse que teria que receitar um outro tipo de antibiótico e que eu deveria tomá-lo por 10 dias. Na recepção eu acertei o valor da consulta, 31 euros, e peguei a minha receita do antibiótico! Confesso que tava preparada para a mulher falar que a consulta havia custado uns 100 euros! Saí de lá feliz por ter dado td certo… Passei a terça e quarta ainda com dor, mas na quinta tudo estava melhor e nós ainda tínhamos mais 7 dias pela frente!

13/05/2014 Berlim

Neste dia fizemos bastante coisa:

Fomos a pé do nosso hotel até a Potsdamer Platz: esta praça foi severamente bombardeada durante a segunda guerra. Com a construção do muro em 1961, a Potsdamer acabou sendo dividida em 2 e até a metade dos anos 70 os prédios que existiam acabaram sendo demolidos e se tornou um local vazio. Com a queda do muro, o local voltou a atrair investimentos. Lá se encontra o Sony Center, do qual falarei posteriormente.

Postdamer Platz

Potsdamer Platz

Entre a Potsdamer e o Portão de Brandemburgo (Brandenburger Tor) demos de cara com o Memorial aos judeus mortos no holocausto. São 2.711 estruturas cinzas que nos fazem para para pensar, refletir…

Memorial ao Judeus Mortos

Memorial ao Judeus Mortos

Do Memorial fomos para o Portão de Brandemburgo, na Pariser Platz, que é o cartão postal mais famoso de Berlim. Séculos atrás, a ainda pequena cidade de Berlim era cercada por muros, numa espécie de fortaleza, e o portão de Brandemburgo era um de vários portões usados para entrar na cidade e agora ele é o único destes portões que ainda existe.

Sobre o arco está a “quadriga” (estátua da deusa grega Irene – deusa da paz, em uma biga puxada por quatro cavalos). Suas dimensões são: 26 m de altura, 11 m de profundidade e 65 m de largura. (visto de frente).

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Portão de Brandemburgo

Atrás do Portão, além do muro que passava, está o Tiergarten, que é o segundo maior parque de Berlim. Se estende desde a Potsdamer Platz até a estação Zoologischer Garten.

Tiergarten

Tiergarten

Saindo do Tiergarten e voltando ao Portão, andamos pela Unter den Linden, que é uma das mais bonitas e famosas avenidas de Berlim. Tem 1,5 km de extensão. Ela fica à frente do Portão e pertencia ao lado Oriental. Possui 2 pistas e um canteiro central arborizado, mas que boa parte estava em obras.

Poucas quadras depois, chega-se à Friedrichstrasse, que é uma rua cheia de lojas, inclusive de grifes famosas, onde existe até uma Galerias Lafayette, bastante famosa em Paris.

Bem, daí seguimos andando até o Gendarmenmarkt, que é considerada por muitos Berlinenses como a praça mais bonita da cidade. A praça é composta por 3 belos e harmoniosos edifícios: no centro a Konzerthaus (casa de concertos) e as praticamente idênticas Französischer Dom (catedral francesa) à direita e a Deutscher Dom (catedral alemã). No centro da Praça ainda tem uma estátua do poeta Friedrich Schiller.

Gendarmenmarkt

Gendarmenmarkt

A partir da praça, no caminho de volta para o hotel, fomos até o Checkpoint Charlie, na Friedrichstrasse. Esse local era um posto militar na fronteira entre Berlim Ocidental e Oriental durante a guerra fria. O Checkpoint Charlie era um dos 3 postos utilizados pelos aliados e seu nome indica a terceira letra do alfabeto de acordo com o alfabeto fonético internacional (Alpha para a letra A, Bravo para a letra B, Charlie para a letra C, etc.).

Checkpoint Charlie

Checkpoint Charlie

Na esquina do Checkpoint também há uma exposição contando um pouco sobre a guerra, o fim dela, derrubada do muro… tem até dois pedaços do muro exatamente onde ele passava.

Há uma quadra dali, está a Topografia do Terror, agora já estamos bem próximos ao nosso hotel. Deixamos para ir nela por “último”, assim voltaríamos para o hotel para buscar nossa entrada para a última atração do dia, ou quase a última, como veremos a seguir.

Voltando para a Topografia do Terror, é um local super interessante para se conhecer, as exposições são super enriquecedoras, nos mostram e ensinam detalhes sobre este capítulo triste da história recente. São várias histórias sobre famílias judias retratadas nesse espaço que foi montado onde era o quartel general da Gestapo, a polícia nazista mais temida da época. Ainda tem um trecho do muro de Berlim para quem quiser vê-lo e tirar uma foto. Além disso a entrada é gratuita.

Topografia do Terror

Topografia do Terror

Voltamos para o hotel, deixamos algumas coisas q pesavam nas nossa bolsas/mochilas e partimos para o Reichstag! Já tínhamos passado por ele quando visitamos o Portão de Brandemburgo, mas desta vez, com autorização em mãos, faríamos a visita à cúpula!! Só tenho a dizer que realmente vale muito a pena! Super organizado, sem demoras, áudioguia em português e uma bela vista da cidade. O Reichstag é o prédio do Parlamento Alemão e a visita foi 100% grátis!

Reparem na foto abaixo em que coloquei uma seta indicando a cúpula.

Berlim (85)

Reichstag

Reichstag

Reichstag

Depois da visita ao Reichstag, nós fomos até a Starbucks do Portão de Brandemburgo e ficamos aguardando anoitecer, mas como lá só anoitece mesmo depois das 21h, decidimos jantar num restaurante super transado que pegamos a dica num outro blog.

Starbucks

Starbucks

Na estação do Portão, pegamos um metrô até a estação que esqueci o nome e fizemos mais uns 10 min de caminhada por um bairro residencial bem legal e fomos jantar no bem recomendado Transit (comida asiática). E não nos arrependemos! Adoramos o local, posso falar mais dele depois… Estava lotado de gente nova, clima bem legal!

Transit

Transit

Voltamos a pegar o metro até a Alexander Platz para ver a praça e a Berliner Fernsehtur à noite!

Alexanderplatz

Alexanderplatz

Não contentes, lá pelas 23h pegamos um metrô para tirarmos fotos noturnas do Portão de Brandemburgo! Vejam como valeu a pena!

Portão de Brandemburgo à noite

Portão de Brandemburgo à noite

Depois deste dia exaustivo, estava com dor de garganta… Fomos para o hotel dormir…Ventava demais na cidade!! Acho que passei mais frio em Berlim do que em Zermatt nos alpes suíços…

Curiosidades de Berlim:

1) Boneco do trânsito: Ampelmann – Quando a Alemanha se separou não havia ainda o sinal de trânsito para pedestres. Em 1961, na Alemanha Oriental (DDR), o psicólogo de trânsito Karl Peglau teorizou que as pessoas reagiriam melhor a sinais de trânsito menos impessoais e mais simpáticos, ou com os quais se criasse, de alguma forma, um laço afetivo. Assim sendo, Peglau criou o Ampelmann, ou numa tradução literal, “o homem do semáforo”, e o ícone se espalhou pelas ruas da Alemanha Oriental.

Com o fim da DDR, várias realizações do lado oriental caíram por terra, sendo engolidas pela lógica da Alemanha Ocidental. Talvez seja por isso que ainda exista, de alguma forma, não um saudosismo do povo com relação a DDR, mas sim com relação a algumas boas idéias e hábitos que foram completamente abortados depois da unificação, como por exemplo, o sistema de creches, que era muito mais eficiente e de fácil acesso à todos antes da queda do muro. Com a queda do muro, iniciou-se o movimento de padronizar a sinalização de trânsito na Alemanha, evidente adquirindo o símbolo característico ocidental, semelhante aos outros lugares do mundo. A revolta foi imediata! Os moradores do lado oriental reclamaram e chegou a se realizar uma votação para saber se a população queria o ícone universal ou se queria o símbolo oriental.

Ganhou, é claro, a manutenção do simpático boneco de chapeuzinho . que, de certa forma, acabou virando literalmente, um ícone de uma certa resistência objetivando conservar coisas positivas da DDR.

Ampelmann

Ampelmann

 

2) Tijolos no chão marcam por onde passava o Muro de Berlim e está presente na cidade toda.

indicação de onde o muro de Berlim passava

indicação de onde o muro de Berlim passava

 

12/05/2014 Berlim

Chegamos a Berlim e nosso hotel era o Ibis Budget Berlin City Potsdamer Platz e para chegar do aeroporto para o hotel pegamos o Bus TXL, descemos na estação Brandenburg Tor e pegamos o metrô S2 até a Anhalter Bahnhof.

Como não consigo dormir no avião por achar tudo muito apertado, acabo não tendo o jet lag… Saímos para jantar num restaurante italiano próximo ao hotel, o Marinelli, muito bom por sinal, e umas 20h30 eu já estava dormindo.

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